Do Aljube à Junqueira foram oito as sedes da AIP
em mais de século e meio
1837
TA rainha D. Maria II, através de um decreto firmado pelo Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, João Oliveira, cedeu à AIP o uso das instalações do antigo Aljube, em 18 de dezembro de 1837. O edifício, construído no século XVI, que seria quase sempre utilizado como prisão até 1966, naquela altura encontrava-se ocupado por diversas repartições e institutos públicos. Funciona desde 2015 como Museu do Aljube - Resistência e Liberdade.
A AIP regressa ao movimento associativo, após várias décadas de grandes mutações, sob a designação de Associação Promotora da Indústria Fabril e com estatutos homologados por D. Pedro V. Durante esse período, instalou-se no n.º 23 da Rua Arco de Bandeira.
1865 – 1887
Ao fim de apenas 2 anos de mandato de Fradesso da Silveira, a AIP muda-se para o 2º andar do nº 42 da Rua da Boavista, onde ficaria até 1887.
1887
Efetuou-se uma subscrição de diversos fabricantes e empresas industriais com o fim de subsidiar a instalação da nova sede da AIP na Rua Ivens, nº 20, 1º andar, no Chiado. Foram 24 as entidades que contribuíram, sendo que metade era do ramo dos têxteis, ajudando bastante a Companhia Nacional de Tabacos com a maior quantia (45$000 reis), a Daupias e Cª, a Empresa Industrial Portuguesa, a Companhia de Tecidos Lisbonense, a Companhia Lisbonense de Algodões, a Fábrica de Xabregas, a Companhia União Fabril (CUF), a Fábrica de Fiação de Tomar, a Companhia de Lanifícios de Arroios, a Empresa Cerâmica de Lisboa e a Companhia de Papel de Alenquer entre outros. Foram obtidos 463$000 reis.
Até 1940
Após a proclamação da República, a que se seguiu também uma remodelação na AIP, a sede transferiu-se para o primeiro andar do n.º 20 da então Rua do Mundo, hoje Rua da Misericórdia. O presidente da Direção era Carlos Alfredo da Silva, proprietário da Fábrica Vulcano e Colares e membro do Conselho Superior das Alfândegas.
Nos últimos tempos da Monarquia, recorde-se, a AIP esteve temporariamente suspensa, por dissolução decretada no consulado João Franco/Hintze Ribeiro.
O edifício aloja agora o Espaço Chiado, onde funciona um centro comercial da falecida associada da AIP, Fernanda Pires da Silva (Grão-Pará).
1941 – 1958
A AIP inaugurou no dia de Santo António de 1941 a nova sede, no n.º 242 da Avenida da Liberdade, um amplo palacete onde se manteve até 1958, ano em que o imóvel foi demolido.
O edifício foi comprado por José Maria Álvares, presidente da Associação até 1941, por mil contos.
A ideia era construir nas traseiras uma ampla sala para conferências e grandes reuniões associativas que servisse para acolher em simultâneo pequenas exposições industriais.
Mais tarde, o terreno da moradia recebeu o prédio onde se instalou a companhia de seguros “Tranquilidade”.
1958 – 1962
A construção da nova FIP – Feira das Indústrias Portuguesas, nos terrenos da Junqueira, que se tornaria pouco depois na FIL – Feira Internacional de Lisboa, obrigou a AIP a mudar provisoriamente a sua sede para um edifício próximo, o rés-do-chão e 1.º andar do n.º 42-B da Avenida Infante Santo.
Desde 1962
Integrado no projeto de construção da antiga FIL, atual Centro de Congressos de Lisboa (CCL), assinado por Francisco Keil do Amaral, a AIP encontra-se instalada no principal edifício da Praça das Indústrias, na zona da Junqueira (Alcântara). A este projeto viriam a juntar-se dois outros edifícios, “Amarelo” e “Rosa” - destinados a acomodar vários serviços e espaços para terceiros, em especial entidades diversas e empresas - e a recuperação de uma antiga casa senhorial, onde se encontra a Fundação.