A Matriz do ensino defendida pelas AE

Posição tomada pelo Presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, no I Encontro Regional Ensino Profissionalizante, que decorreu em 27 junho 2016, em Santarém


() Há uns anos, numa reunião de reflexão sobre o ensino em Portugal, um reputado professor português de uma universidade americana

a) Admitiu que a qualidade de ensino em Portugal não era má

. melhor que Itália, Espanha, Grécia
. o ensino superior era razoavelmente bom
. 2/3 universidades muito boas
. que o problema se colocava no ensino básico e secundário

b) Matriz de ensino que as Associações Empresariais privilegiavam baseava-se:

- ensino rigoroso, exigente e disciplinador
- propiciador de mobilidade social
- que valorizasse a formação humana sem descurar o mercado de trabalho
- professores com um “status” prestigiante e qualificação elevada
- que se introduzisse o empreendedorismo como prática pedagógica e curricular, e que não se limitasse ao contacto com o Banco do Tempo, Quercus, ou à Casa do Gil, como se podia ler no “Plano de Educação para o empreendedorismo” do Ministério da Educação.

c) que o ensino profissional ou profissionalizante devia deixar de ser uma prioridade retórica de muitos e uma prioridade real para ninguém

d) Nesta altura já as empresas

- mais competitivas
- globalizadas
- com uma qualidade de gestão mais evoluída não lamentavam os efeitos pretensamente nefastos do desmantelamento das escolas técnicas
Recorde-se que este facto alimentou as exigências do tecido empresarial durante anos. Mas há 5 anos havia a convicção que se devia matizar a valorização humana e o evitar da selecção precoce de jovens, com a adequação e as necessidades do mercado de trabalho. Percebia-se que a dominância de uma destas vertentes no sistema formal de ensino, produziria maus resultados.

Todavia reconhecia-se a evidência das:

- reduzidas aptidões técnicas da população activa
- falta de reconhecimento profissional e prestigio das formações técnicas ()