Associação regista melhoria expressiva dos principais indicadores financeiros, com reforço da autonomia e equilíbrio da gestão num ano de transição entre quadros comunitários.
A Assembleia Geral da AIP – Associação Industrial Portuguesa, realizada a 15 de maio, aprovou por unanimidade e aclamação dos 175 participantes, o maior número registado numa assembleia geral de aprovação de contas dos últimos 20 anos, o Relatório e Contas referente ao exercício de 2024, marcado por uma evolução muito positiva dos principais indicadores económico-financeiros e por uma gestão equilibrada e sustentável.
O exercício ficou marcado por um crescimento do EBITDA de 17%, acompanhado de uma redução significativa do passivo total, que diminuiu 2,1 milhões de euros, representando uma quebra de 30% face ao ano anterior. Destaca-se, em particular, a redução do passivo bancário em 1 milhão de euros (-38%) e a diminuição do passivo a fornecedores em 515 mil euros (-61%).
Esta consolidação financeira teve ainda reflexo nos gastos financeiros, que baixaram 77 mil euros (-33%), contribuindo para um reforço da solidez da associação. Apesar da natural redução de proveitos e custos associada ao período de transição entre o PT2020 e o novo quadro PT2030, os resultados foram mantidos positivos, com um resultado líquido de 199.085 euros e um resultado operacional de 341.471 euros, num total de rendimentos de 3,6 milhões de euros.
A AIP registou também melhorias assinaláveis nos seus rácios financeiros, nomeadamente:
- Liquidez: 1,62
- Solvabilidade: 10,4
- Autonomia financeira: 91%
A margem EBITDA subiu para 16%, com uma evolução positiva dos rácios dívida financeira/EBITDA (2,9) e EBITDA/custos financeiros (3,7), espelhando a crescente capacidade da associação em gerar resultados operacionais robustos e autossustentáveis.
Ao nível das Atividades Económicas (AE), os indicadores de gestão reforçam o equilíbrio da atuação:
- O peso da prestação de serviços representou 52% dos rendimentos, evidenciando a orientação para o mercado.
- Os proveitos com subsídios à exploração cobriram 78% dos custos com pessoal.
- O EBITDA gerado cobriu 3,7 vezes os gastos financeiros.
- 92% dos custos com pessoal foram cobertos por proveitos de mercado, sublinhando a independência face a apoios públicos.
Em 2024, a AIP registou 427 novos associados, totalizando agora 6.534 empresas associadas, das quais 128 são associações. Este crescimento reflete o reforço da representatividade da AIP e a confiança crescente do tecido empresarial.
Foi também neste exercício que a AIP concretizou a abertura da nova Delegação Regional de Aveiro, alargando a sua presença territorial e reforçando a proximidade às empresas da região Centro.
Com estes resultados, a AIP reforça a sua solidez institucional e financeira, preparando-se para enfrentar os desafios do novo ciclo de apoio comunitário e para continuar a cumprir a sua missão em prol das empresas e da competitividade da economia portuguesa.